quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

PALAVRA DE PADRE: Vi a foto e gritei: Escândalo!


Os que me conhecem sabem que gosto de fotografar, com sorriso nos lábios especialmente quando sinto prazer de informar. 
Às vezes sou por isso crucificado, mas confesso que nunca me senti abatido, aliás quanto mais me crucificam mais vou gargalhadas é caso de dizer como alguns dizem, “adoro o que faço” deixem-me só já.
O facto é que num dia de Janeiro pelas primeiras semanas do 2019, vi um bispo católico a ser levado à tipóia. Tao real quanto certo minha voz soltou o grito: “Escândalo”! Ao seu redor, percebi que um grupo de católicos assumidos defendiam, atirando-se contra mim, em uma ladainha de louvores com gritos de “vivas firmes e coragem”, ao bispo católico que vai à tipoia. Enquanto isso os mais amigos fizeram-me a parte o conselho: “Padre isso é inveja deixa só, o outro lá na tipóia, não faça polémica!”.
Ao longe senti que o debate estava bom, porém logo a primeira o “bispo actor” na tipóia fez-me sinal: “Isso é cultura, aqui (…) até estou a gostar”, (BCC). Porem, outras vozes mais críticas me alertaram e senti alguém a comentar que não há justiça nos “vivas”, porque outro bispo “não católico” foi crucificado por andar à tipóia.

Afinal o que é que há de tão extraordinário nisso?

Nos meus tempos da Rádio Ecclésia isso é assunto de debate, TEMA DA SEMANA. Afinal precisamos saber porque é que a uns criticam e a outros elogiam? Para os meus ouvintes aqui vai a proposta editorial a pergunta seria,
Como combinar a tradição com a caridade ao próximo?”
A moderação editorial sabe que os ouvintes da Radio Católica são exigente, por isso, padre Savita, Isidro e Sassembele…Salguerio Vicente, nas ruas, segurem porque acabou a era dos “microfones em brasa” dos antigos tempos.
Agora quem responde e fala com o ouvintes até é um padre senão, mesmo uma madre (Ir Emiliana Bundo) para os conceitos da pastoral ordinária, no Fórum da Emissora Católica de Angola, grande espaço para a Doutrina Social da Igreja, "Areópago" da nossa Igreja, em Angola.

Padre Quintino KANDANDJI

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