segunda-feira, 11 de março de 2019

Madres encaram desafios no 11 de Novembro


A Paróquia de Santo Estêvão recebeu uma equipa missionária das Pequenas Irmãs da Divina Providência, desde do ano de 2018. A equipa é de duas religiosas de nacionalidade brasileira, na zona do Bairro 11 de Novembro, em Benguela, e três postulantes.
As madres são conhecidas como madres da Missão da Chila, na Diocese de Benguela e chegara a diocese para aquela missão. Inicialmente para o apoio de serviço, estavam localizadas na Bela-Vista,  assistindo a paróquia de São Pedro do Liro, no Lobito. Agora estão definitivamente acolhidas no Onze como única presença religiosa no meio do povo e na periferia da cidade.
As Pequenas Irmãs da Divina Providencia foram fundadas por uma leiga senhora Tereza Grilo (foto) na Itália do Século XIX. Hoje, a congregação está espalhada em vários pontos do mundo, como India e Brasil. No Brasil estão na localidade do Catumbi no rio de Janeiro, uma das zonas mais difíceis, inspirando a juventude mais necessitada, bem como, no Belo Horizonte e São Paulo.
Na Diocese de Benguela, além de brasileiras esta também uma indianas e algumas vocacionadas assegurando a presença missionária na Chila e no Bairro do 11 de Novembro, nas proximidades do mercado 4 de Abril. Nesta zona dividem presença entre as paróquias de Santa Bakhita e Santo Estevão: As Coracionistas, as Reparadoras de Fátima e Agora  as pequenas Irmãs da Divina Providencia.

sexta-feira, 8 de março de 2019

A paixão pela santa africana leva o bispo ao limite missionário em Angola


Dom Eugénio Dal Corso, PSDP, bispo emérito de Benguela, está desde Agosto do ano passado, em Kaiúndo, como missionário. A localidade dista a 150 km de Menongue, Província do Kwando-Kubango a caminho de Rivungo na fronteira com a Namíbia.
Na região, o prelado assiste 40 pequenas comunidades sozinho desde Agosto de 2018, altura que saiu de Benguela. As comunidades estão dedicadas a santa africana Josefina Bakhita. Segundo informações a que tivemos acesso, neste sábado, 1º da Quaresma, dia 9 de Março de 2019 tem agendado 400 baptismo para administrar. 
A Paixão pela santa é um detalhe pessoal que nunca contou ao clero de Benguela, mas que se percebe no bispo pastor no meio do povo. Sabe-se que o bispo transporta consigo uma pequena relíquia “milagrosa”, da santa sudanesa, com a qual sustenta a sua paixão pela África missionária nas comunidades mais pobres longe dos centros urbanos onde não há maior assistência pastoral. Desta forma desafia os padres da sua congregação abrir novas missões em lugares onde a fé é uma miragem, como nas terras do fim do mundo, como é conhecido, em Angola, o Kwando-Kubango.
A nossa reportagem sabe que os padres da sua congregação, Pobres Servos da Divina Providencia estarão a fazer diligencia para lhe enviarem um padre. Porem, até agora ainda não se confirmou o mês em que chega nem o nome do candidato para aquela comunidade. Os pobres servos estão em Angola tem presença no Uije, Luanda, Benguela, Huambo… e não no Kwando Kubango onde, o emérito de Benguela, leva-os a fundar presença pastoral.
Dal Corso chegou a Angola como missionário, vindo de Argentina e serviu a congregação dos Pobres Servos da Divina Providencia, em Angola na formação de padres, tendo sido reitor, cargo que veio deixar com a sua indicação para bispo de Saurimo. No meio do povo era conhecido o seu génio missionário ficou na paixão pela evangelização na língua local do povo.   Em Benguela o bispo trabalhou cerca de 10 anos servindo as comunidades que constituem a herança pastoral de Dom António Jaka, seu atual bispo de Benguela.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

PALAVRA DE PADRE: Vi a foto e gritei: Escândalo!


Os que me conhecem sabem que gosto de fotografar, com sorriso nos lábios especialmente quando sinto prazer de informar. 
Às vezes sou por isso crucificado, mas confesso que nunca me senti abatido, aliás quanto mais me crucificam mais vou gargalhadas é caso de dizer como alguns dizem, “adoro o que faço” deixem-me só já.
O facto é que num dia de Janeiro pelas primeiras semanas do 2019, vi um bispo católico a ser levado à tipóia. Tao real quanto certo minha voz soltou o grito: “Escândalo”! Ao seu redor, percebi que um grupo de católicos assumidos defendiam, atirando-se contra mim, em uma ladainha de louvores com gritos de “vivas firmes e coragem”, ao bispo católico que vai à tipoia. Enquanto isso os mais amigos fizeram-me a parte o conselho: “Padre isso é inveja deixa só, o outro lá na tipóia, não faça polémica!”.
Ao longe senti que o debate estava bom, porém logo a primeira o “bispo actor” na tipóia fez-me sinal: “Isso é cultura, aqui (…) até estou a gostar”, (BCC). Porem, outras vozes mais críticas me alertaram e senti alguém a comentar que não há justiça nos “vivas”, porque outro bispo “não católico” foi crucificado por andar à tipóia.

Afinal o que é que há de tão extraordinário nisso?

Nos meus tempos da Rádio Ecclésia isso é assunto de debate, TEMA DA SEMANA. Afinal precisamos saber porque é que a uns criticam e a outros elogiam? Para os meus ouvintes aqui vai a proposta editorial a pergunta seria,
Como combinar a tradição com a caridade ao próximo?”
A moderação editorial sabe que os ouvintes da Radio Católica são exigente, por isso, padre Savita, Isidro e Sassembele…Salguerio Vicente, nas ruas, segurem porque acabou a era dos “microfones em brasa” dos antigos tempos.
Agora quem responde e fala com o ouvintes até é um padre senão, mesmo uma madre (Ir Emiliana Bundo) para os conceitos da pastoral ordinária, no Fórum da Emissora Católica de Angola, grande espaço para a Doutrina Social da Igreja, "Areópago" da nossa Igreja, em Angola.

Padre Quintino KANDANDJI